No dia 06 de agosto iniciamos a segunda expedição de mapeamento na Floresta Nacional de Tefé. Passamos 10 dias viajando pelas comunidades dos rios Tefé, Curumitá de Baixo e Bauana. A intenção foi saber deles o que é importante para o Plano de Manejo da FLONA e para a melhoria de suas vidas. Pra nós, se apresentou um mundo novo, língua nova, costumes novos, rostos e oportunidades novas...
A equipe reunida de manhãzinha, curtindo o nascer do sol. Muito aprendizado com essa gurizada toda reunida.
Furo de entrada para o mapeamento na primeira comunidade do Alto Tefé. Lar dos jacarés e piranhas, que não se acanharam com a nossa presença.
Tivemos várias formas de aproximação com a realidade das pessoas nas comunidades. Conversas, músicas, histórias, risadas na amazônia profunda. Pela manhã fizemos o trabalho do mapeamento, onde conversamos com os comunitários sobre seu território. A tarde trabalhávamos com o Acordo de gestão, em que os comunitários discutiam o que era permitido ou não dentro da FLONA, e tudo partindo deles, nem uma palavra vinha dos gestores, senão como mediação.
Esta era a cara das reuniões, regadas a músicas como esta:
O
PESCADOR
(A D)
O pescador, ele sai bem cedinho / ele sai bem cedinho,
ele vai pescar.
O pescador, ele deixa a Maria / ele deixa
os filhos, ele vai
pescar.
O pescador, ele ama o rio / ele ama o rio, o Rio
Amazonas.
O pescador, ele ama o rio, seus igapós,
seus igarapés / os seus paranás e seus lindos lagos.
REFRÃO (G D A)
Você
sabe porque, ê, ê, ê, / porque debaixo da água, a, água/ não existe só boto /
mas existe também .../ o tambaqui, o tucunaré e o pirarucu.
Ah, e é claro, banho no rio. Essa foto eu tirei, mas depois fui pular com a mulecada na água. Foi maneiro demais, eles definitivamente são uma mistura de peixe com gente, eu cansei demais, mas pulei um monte com eles.
O Raimundo me ensinando o processo para fazer a farinha. Uma das pessoas mais simpáticas e comunicativas que conheci.
Raimundo, sua esposa e eu descascando mandioca. Aprendi muito rápido com um bom professor. Ele não era das letras, mas grandes coisa, sua prática com a produção da mandioca foi uma das aulas mais inesquecíveis que já tive.
quero ir para aí também meu amigo!! To pensando seriamente em chegar aí em Janeiro!!!
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